terça-feira, 24 de março de 2009

O meu mundo


Macanudo, minha nova paixão

segunda-feira, 23 de março de 2009

F-é-r-i-a-s

Férias, é assim que se chama né? Aquela coisa onde a gente fica em casa e não tem que sair de casa pra ficar oito horas no mesmo lugar a troco de ter uns tostões no final do mês pra pagar as contas, comprar uns livros e umas bugigangas, é isso? Então acho que é nisso que eu estou agora, de férias. Se bem que pra mim só começa a ser férias depois do terceiro dia, já que dois dias em casa a gente fica sempre quando tá de folga, então férias oficiais só depois de amanhã, mas tá valendo.
Como li num livro do Tony Belotto, a gente cria a maior expectativa, gasta a maior grana e todo o relaxamento e pensamentos bons que a a gente cria durante o descanso vai embora nos primeiros quinze minutos de volta ao trabalho. Mas vamos fazer respiração cachorrinho e contar de 100 até 0 ao contrário, afinal, doze dias sem ver o chefe já compensa qualquer pensamento negativo. Acho que o prêmio principal de férias é não ter que aturar chefe, ô beleza. Porque, afinal, os clientes até são legais, eles nem são seus parentes nem nada, hoje eles estão aqui, amanhã não mais e coisa e tal, mas chefe chato é que nem cheiro de alho, fica incrustado em você.
Agora é o momento de pensar que a vida é bela, que os planos vão dar certo e que depois das férias tudo vai ser diferente. Aliás, acho que é por isso que o primeiro dia de ano é feriado. Pra você ter tempo de pensar que vai ser um ano bom com coisas novas, porque se o 1.° de janeiro caísse num dia de semana, daqueles bravos, carinha não tinha nem tempo pra contar as badaladas muito menos pra fazer pedidos e outras sandices de réveillon. Ia só ter gente pulando sete ondas da enchente em São Paulo vestido de terno voltando do trabalho ou abraçando o vizinho suado no metrô lotado pra dar feliz ano novo. Por isso que eu digo, se chefe fosse coisa boa tava todo mundo passando ano novo com ele juntinho, quando na verdade a gente quer é distância, a maior possível de preferência.
Claro que existe chefe legal, sei inclusive que alguns animais da espécie bovina já caíram no sono enquanto ouviam histórias parecidas, mas façam a experiência: "chefe legal" no google, 639 resultados; "chefe chato": 6940. Preciso desenvolver?
Bom, esse texto talvez alargue as estatísticas do google, mas pelo menos será para os dois lados.

quinta-feira, 19 de março de 2009

O começo

Sabe o Abelardo? Pois é, ele tem caspa. Não parece, mas tem. Todo mundo já tá sabendo mas ele não sabe que já é de conhecimento geral. Isso mesmo, aqueles pontinhos brancos no ombro dele não são poeira. Não, também não é do tecido porque eu já vi no terno azul, no terno preto e até no terno cinza, imagine! Qual é o problema? Ah, é um sinal de falta de higiene né? Banho e essas coisas. Você acha que pode acontecer com qualquer pessoa? Não, comigo não, eu uso shampoo especial, creme importado e meu cabelo é suuuuper mais bem cuidado. Claro que eu não tenho tendência, mas a gente tem que prevenir porque senão já sabe, caspa na certa! Você não, eu nunca vi em você, mas também você tem um cabelo lindo, querida! Dizem que é do estresse, mas isso pra mim é desculpa de porco, falta de banho é que me estressa! O Abelardo é boa gente e tudo mais mas não consigo olhar pra outra coisa quando estou com ele, só para aqueles pontinhos brancos, argh! Compreensiva? Eu sou compreensiva, mas aí já é demais hein? Tenho nojo de caspa, nojo do Abelardo, nojo.. Oi? Ah, oi Abelardo, você estava aí? Não, estava falando que adoro miojo, adoro miojo! E hoje tem miojo de almoço na cantina, vamos almoçar juntos, Abê?

Nem sempre podemos ou devemos falar o que queremos. Aqui pode, mas quem manda sou eu. Bem vindos!